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Comunidades de Aracruz lutam para reverter reajuste das passagens

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As passagens do transporte municipal de Aracruz estão mais caras desde a última quarta feira (18). O aumento, respaldado pela justiça, foi de 8,86% e após realizarem um protesto, no qual interditaram a Rod ES 101 por aproximadamente 8 horas, representantes de várias comunidades estão realizando um abaixo assinado para documentar a insatisfação das comunidades e tentar convencer a justiça a voltar atrás na decisão que permitiu o aumento nos valores das passagens.

De acordo com o comerciante Patrick Santos, morador da comunidade de Itaparica, o objetivo é conseguir pelo menos 4000 assinaturas, que serão entregues ao Ministério Público, durante uma reunião marcada para as 9h da próxima segunda feira, na sede do órgão.

Na última quarta feira, primeiro dia em que os novos valores das passagens foram praticados, representantes de várias comunidades da orla realizaram um protesto em que mantiveram a Rod ES 010 interditada por cerca de 8 horas.

Segundo Herval Nogueira, morador de Barra do Riacho, a pista só foi liberada após o comando da Polícia Militar convencer os manifestantes a enviarem representantes para uma reunião na prefeitura, onde o executivo teria se comprometido a atender a uma das reivindicações das comunidades, que é de aumentar a participação popular no Conselho Municipal de Transporte Coletivo (Contrac), que hoje não estaria representando devidamente as comunidades.

Na ocasião, um novo encontro foi agendado para a manhã desta segunda feira e deve reunir representantes das comunidades, da Prefeitura e do Ministério Público. A esperança das comunidades é apresentar uma lista, contendo um número suficiente de assinaturas, capaz de convencer a justiça a rever a autorização para os reajustes das passagens.

Ainda segundo Patrick Santos, a comunidade mais prejudicada com os novos valores praticados tem sido a de Itaparica. Antes do reajuste, o deslocamento até o Centro da Cidade custava R$ 7,85 e agora passou para R$ 8,35. “Esse reajuste foi concedido sem nenhuma base. Não há parâmetros científicos e sociais que justifiquem esse aumento”, afirmou Santos.

Para conseguir as assinaturas para o abaixo assinado, líderes comunitários estarão posicionados em locais estratégicos como rodoviária e pontos de ônibus de Barra da Sahy, Barra do Riacho, Coqueiral, Santa Cruz e Centro. As coletas de assinaturas serão feitas também dentro de alguns coletivos e em locais de maior concentração.