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Família de paciente acusa Hospital São Camilo de erro médico
Pâncreas e intestino teriam sido perfurados durante endoscopia, diz a família
Familiares de uma paciente acusam o Hospital São Camilo, localizado no município de Aracruz, por um suposto erro médico ocorrido durante uma endoscopia realizada no mês de julho, após Magna Souza Oliveira Silva, de 38 anos, dar entrada na unidade com dores abdominais.
Segundo relatos da srª Rita Souza de Oliveira e Aline Souza Oliveira Silva, respectivamente mãe e irmã da paciente, que entraram em contato com o Site Aracruz, Magna deu entrada no Hospital no dia 05 ou 06 de julho deste ano. Um exame teria mostrado que as dores seriam provocadas pela presença de pedras (cálculos) no pâncreas.
Detectado o problema, Magna teria aguardado cerca de nove dias para a realização da endoscopia.
“Ela teve que esperar de terça até quinta-feira da outra semana, porque falaram que o médico não era daqui, para ele vir e fazer a endoscopia nela. Falaram com ela: é coisa simples, a gente vai fazer e, passando a anestesia, você vai embora”, disse Aline à reportagem.
Uma equipe do hospital teria realizado a endoscopia e, durante o procedimento, o pâncreas e o intestino da paciente teriam sido perfurados. A família não soube precisar o nome do médico responsável pela endoscopia.
“Depois a colocaram em um quarto e ela ficou de três a quatro dias sentindo fortes dores. Nem a morfina resolvia o problema dela”, acrescentou a irmã.
Depois a paciente teria passado por um procedimento cirúrgico para lavagem interna e, em seguida, levada para uma Unidade de Terapia Intensiva, onde teria permanecido pelo período aproximado de 5 dias, até ser levada para um quarto coletivo.
Passados cerca de 20 dias da endoscopia, a paciente, ainda internada, teria apresentado febre ininterrupta e um exame de imagem teria mostrado que uma infecção se espalhava no corpo de Magna, que precisou passar por nova cirurgia, informou Aline.
Após ficar entubada por alguns dias, a paciente teria voltado a apresentar estado febril e, ainda segundo familiares, a direção do São Camilo estaria planejando transferi-la para outro hospital.
Paciente teria sido transportada de forma inadequada:
A família também acusa o hospital de ter transportado a paciente de maneira inadequada quando foi levada a uma clínica para a realização de uma tomografia. Apesar de seu estado delicado, Magna teria sido colocada sentada em uma cadeira da ambulância.
“Ela teria que ter sido carregada de maca e, como teve que ficar muito tempo sentada, voltou de lá mais debilitada ainda”, reclama a irmã.
A família informa também que as “pedras” no pâncreas, que levaram Magna a ser internada, ainda não foram retiradas e que a paciente corre o risco de passar por nova cirurgia.
O outro lado:
Procurado pela reportagem do Site Aracruz, o Hospital São Camilo, através de sua assessoria de comunicação, divulgou a seguinte nota:
A Fundação Hospital Maternidade São Camilo informa que compreende a preocupação com a paciente Magna Souza e reitera seu compromisso com a transparência e o cuidado no atendimento. No entanto, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o sigilo médico, esclarecemos que as informações solicitadas sobre o estado da paciente pela imprensa só podem ser compartilhadas com a família. A diretoria do hospital se coloca à disposição da família para quaisquer esclarecimentos.