Educação
Obra paralisada da prefeitura de Aracruz prejudica alunos do CMEI Balão Mágico
Calor excessivo nas salas, falta de sombra para as crianças na área externa e presença de ratos e cobras, expondo ao perigo alunos e funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil - CEMEI Balão Mágico, localizado em Coqueiral de Aracruz.
Esses são alguns dos problemas causados pela paralisação da obra da Escola Municipal de Ensino Fundamental – Coqueiral, segundo pais de alunos que entraram em contato com o Site Aracruz.
De acordo com os reclamantes, o CEMEI contava com uma ampla área externa, que no ano de 2012 foi dividida para a construção da EMEF Coqueiral.
Uma cerca foi construída a menos de um metro das janelas reduzindo a ventilação das salas onde ficam as crianças. Além disso, as folhas de zinco utilizadas na divisão esquentam muito com o sol, emitindo grande calor para o interior da escola, onde os ventiladores são inúteis.
A conclusão da escola, segundo anúncio feito pela administração municipal da época, tinha previsão de 150 a 180 dias e, segundo os pais de alunos, a cerca seria retirada após o término dos trabalho e a área poderia voltar a ser utilizada pelo CMEI Balão Mágico.
Ocorre que em 2013, a obra, que mal começou, foi paralisada pela atual administração sob a alegação de que o projeto precisaria ser corrigido. Meses depois, a empresa responsável abandonou a obra orçada em R$ 1,4 milhão. Três anos depois, não há informações de que a prefeitura tenha contratado outra empresa para a construção da escola tão aguardada por moradores de Coqueiral. Os alunos do EMEF Coqueiral continuam estudando em um “prédio antigo do Governo do Estado em condições inadequadas para atende aos alunos”, como disse o prefeito Marcelo Coelho, segundo matéria publica na época, no site da prefeitura de Aracruz.
Hoje, além do calor no interior da CMEI, animais como ratos e cobras passam por baixo da cerca e são vistos na área da escola de educação infantil.
Cobra encontrada no pátio da CMEI Balão Mágico (Foto)
Como se não bastassem esses problemas, a CMEI não conta com estrutura adequada para atender as crianças, dizem as mães.
“A escola foi criada como berçário e não foi adaptada para abrigar pré-escola, como ocorre atualmente. O parquinho fica exposto ao sol a maior parte do tempo e crianças já queimaram as perninhas no escorregador, diz Luana Medeiros, mãe de dois alunos do CMEI.
Segundo Kellen Cristina Lopes, que também tem duas crianças na escola, os filhos só estudam no local porque, no momento, as condições financeiras não são favoráveis.
“Não seria fácil pagar escola particular para dois filhos”, afirmou.
Kellen acrescenta que a escola tem mofo nas paredes e salas apertadas.
“A sala das crianças de horário integral mais parece um corredor”, disse
Dentre outras reclamações, a escola conta com somente um banheiro para atender a 75 crianças em cada turno. Outro banheiro atende aos cerca de 16 funcionários. O CMEI também não conta com brinquedoteca, auditório e nem recepção para os pais, que precisam aguardar do lado de fora, expostos ao tempo, na hora deixarem ou buscarem seus filhos.
O destaque positivo da escola são os profissionais, que apesar de todos os problemas, são muito elogiados pelos pais.
Os reclamantes dizem que todas as reclamações já foram encaminhadas à prefeitura, que até o momento não tomou nenhuma providência.
A prefeitura também não respondeu aos questionamentos encaminhados pelo Site Aracruz, na última segunda feira. Assim como não esclareceu que destino foi dado à verba de R$ 1,4 milhão que seria destinada à construção do EMEF Coqueiral.
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