Educação
Adolescente de Aracruz conta como foi aprovada em sete vestibulares
Conseguir aprovação em um vestibular é uma missão que exige muito empenho e dedicação. O que fazer então para conseguir esse feito sete vezes em sete tentativas? Essa foi a proeza da estudante Beatriz Ferraz dos Santos, 17 anos, moradora de Aracruz.
A última aprovação foi confirmada na sexta feira (23) com a divulgação do resultado do Vest UFES, no qual foi aprovada para o curso de psicologia. Do final de 2015 para 2016, Bia, como é chamada pelos familiares e amigos, passou também nos processos seletivos da UVV, Multivix, Mackenzie - SP, Instituto Federal Sul Minas e na primeira fase do vestibular da UERJ, cuja segunda fase a estudante optou por não realizar.
Aos 15 anos, ainda no 1º ano do ensino médio, Bia resolveu prestar vestibular para o curso de Biomedicina da ESFA (Santa Teresa). O resultado foi a classificação em 4º lugar no curso e 8º geral da faculdade. Sempre muito ansiosa, um ano depois a menina prodígio resolveu adquirir mais experiência, dessa vez buscando ser aprovada para o curso de psicologia da UVV e novamente foi bem sucedida. Assim como no ano anterior, Bia não se matriculou no curso porque ainda não havia concluído o ensino médio. Dos vestibulares em que a estudante passou, apenas o da UFES utilizou a nota do Enen e o Instituto Federal Sul Minas considerou a nota do Sisu.
Mas como será que a adolescente se preparou para alcançar tanto sucesso nos estudos?
“Então, no primeiro ano eu estudava normalmente para as disciplinas da escola, já no segundo aumentei um pouco meu ritmo, me dedicava mais. No terceiro ano, eu decidi que a única coisa que eu iria fazer seria estudar, então abdiquei de muitas coisas, parei de ir para a academia, de sair com meus amigos e de fazer coisas que eu amava como ver séries. No terceiro ano estudei no UP. Já no começo fiz um plano de aula com um professor e segui ele todo o ano, eu estudava de manhã na escola de 7h as 12h30, chegava em casa às 13h e às14h começava a estudar. Meu horário de estudos ia até 00h, mas muitas vezes não dava só isso, então eu ia até as 2h da manhã. Tomava muito café, pó de guaraná e ia agüentando. Nos finais de semana eu estudava em um cursinho para discursivas, mas depois da metade do ano me distraia um pouco quando meus país iam me visitar . Não recomendo ficar sem exercício físico e essas coisas porque chega uma hora que o corpo não agüenta, eu sou muito desesperada por estudo, mas é importante manter o equilíbrio”, disse.
Perguntada sobre que conselho daria àqueles que não conseguem passar no vestibular ou aos que vão tentar pela primeira vez, Bia respondeu:
“A princípio eu nunca acreditava em mim, que seria possível passar nos vestibulares que eu tanto queria de primeira. Quando eu chegava à escola e nos cursos me deparava com muita gente muito inteligente e me sentia muito pequena, mas meus pais sempre me apoiaram e acreditaram em mim”, reconheceu com orgulho a filha da professora de língua portuguesa Claudia Dalila Ferraz Cotovelo dos Santos e de Sergio Caciano Santos, gerente da Rádio Sim FM – Aracruz.
“E também tive professores que sempre me incentivavam a estudar. Vestibular parece um bicho de sete cabeças e talvez seja mesmo, mas o importante é que ele não é invencível! Aos que querem passar, é importante a dedicação total. Abdicar de um ano que trará depois cinco anos na universidade maravilhosos”, acrescentou.
Beatriz também aconselha ler e escrever muito porque ajuda a memorizar. Buscar ajuda com professores, “mesmo que você se torne chato”, ver vídeo aulas em casa e ter foco, além de refazer provas antigas também são dicas que não podem ser esquecidas. Além disso, fazer vestibulares como treinamento pode fazer a diferença, alerta a estudante.
Com quatro faculdades à sua espera, a futura psicóloga disse que pode abrir mão do sonho de estudar naquela que considera a melhor faculdade não pública de São Paulo para não sacrificar os pais.
“Ainda estamos decidindo aqui em casa. Meu sonho sempre foi o Mackenzie, mas a UFES é uma federal e publica. Então estamos entrando em um consenso, pois vou tentar bolsa no Mackenzie, mas se não conseguir, não quero deixar que meus pais paguem minha universidade, eles já investiram bastante!
Com esse pensamento, a jovem estudante mostra que a base familiar e seus estudos lhe preparam para muito além dos vestibulares!
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