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Polícia prende acusado de matar engenheiro e advogada em Santa Leopoldina

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Por Josimar Silva:

A Polícia de Santa Leopoldina ágil rápido e elucidou o duplo homicídio que teve como vítimas o engenheiro e estilista iraniano D’ali Atash, 68 anos, e a esposa dele a advogada Marinelva Venturim de Paula, 62 anos.
 

O crime ocorreu por volta das 12 horas do último domingo (18) O casal foi assassinado no rol de entrada da própria residência em um sítio localizado em Colina Verde, interior de Santa Leopoldina, região serrana do Espírito Santo.
 

Os corpos foram encontrados pelo filho dos caseiros. O adolescente, de 17 anos, estava na casa de um vizinho e, após ouvir cinco disparos de arma de fogo, correu para ver o que tinha ocorrido. Ao chegar na propriedade, encontrou os corpos das vítimas, caídos no rol de entrada da casa.
 

Câmeras de segurança gravaram o momento do crime, mas moradores da região não teriam reconhecido o autor, que possui uma propriedade que faz divisa com o sítio das vítimas. A Polícia Civil de Santa Leopoldina se aprofundou nas investigações e, através do compartilhamento de informações com a Polícia Militar, conseguiu descobrir que o assassino estaria escondido em um sítio localizado no interior de Itarana, município que fica a 63 km ou pouco mais de 1 hora de Santa Leopoldina.
 

Foi o comandante da 8ª Cia Independente da Polícia Militar, Major Marcio Cunha Cabral, que comandou pessoalmente a operação que realizou a prisão do autônomo José Carlos Rocha Rodrigues, de 36 anos.
 

O delegado Leandro Barbosa Moraes, chefe da delegacia de Santa Leopoldina e que também responde pela Polícia Civil em Santa Teresa, São Roque do Canaã e Santa Maria de Jetibá, interrogou o acusado, que confessou o crime e contou o que motivou o assassinato do casal.
 

O delegado relatou à reportagem do Site Aracruz que anteriormente as vítimas moravam nos Estados Unidos , e há alguns anos compraram a propriedade no interior de Santa Leopoldina, onde poderiam viver com tranquilidade.
 

Em depoimento, o acusado confessou o crime. Disse que há 3 anos comprou, de uma terceira pessoa, uma propriedade limítrofe do sítio das vítimas. Logo depois comprou do iraniano (vítima) uma pequena área para que pudesse chegar de carro ao seu sítio.


“O valor da negociação era de R$ 10.000,00. Segundo o próprio José Carlos, ele teria pago R$ 3.000,00, mas, após conseguir outro acesso para chegar à propriedade, ele teria desfeito o negócio abrindo mão do valor pago. A situação, porém, não teria ficado bem resolvida”, afirmou o delegado.
 

Um ano depois o acusado teria passado canos pela propriedade de D’ali para irrigar suas plantações. Ao descobrir, o vizinho teria retirado o encanamento e mais uma vez o clima não teria ficado bom entre os dois.
Há menos de um ano, dois filhos e dois enteados do acusado teriam sido repreendidos por D’ali por estarem na propriedade dele, o que teria desagradado José Carlos.

 

“Pelo que entendi, a vítima repreendeu as crianças por medo que elas se afogassem em um tanque existente no local, mesmo assim o ocorrido desagradou o acusado”, prosseguiu Barbosa.
 

Ainda de acordo com o delegado, José Carlos morava no Município de Serra e às vezes aparecia em Colina Verde. No sábado passado (17), de acordo com o depoimento do acusado, um acontecimento o teria feito se sentir ameaçado.
 

“Ele disse que trafegava de carro atrás da vítima, quando o Sr. D’ali teria mostrado uma arma de fogo pela janela do veículo. Alegou que se sentiu ameaçado e que naquele dia decidiu matar o engenheiro.

O delegado desconfia da versão do acusado por dois motivos:

"Apuramos que, devido á pandemia, as vítimas evitavam sair da propriedade. Além disso, o revólver, que ele afirma ter sido mostrado pela janela do carro, não foi encontrado entre as armas pertencentes à vítima".

Barbosa acrescentou que as duas armas encontradas na residência são devidamente registradas. 
 

O crime segundo o delegado:
 

No domingo (18), apesar do tempo quente na região, usando uma jaqueta, José Carlos foi até a residência de D’ali e tocou a campanha. O engenheiro e sua esposa abriram o portão o e receberam bem. As imagens das câmeras mostram que houve aperto de mãos e todos se sentaram no rol de entrada. Em determinado momento da conversa, após acender um cigarro, José Carlos tirou de baixo da jaqueta um revólver de calibre 38 e atirou cinco vezes. Um tiro atingiu o rosto do engenheiro e outros três foram de encontro ao tórax da advogada.
 

No interior da residência, a polícia encontrou duas armas de fogo, sendo uma pistola Taurus com 18 munições e um rifle de calibre 38, ambas devidamente registradas. O revólver que o acusado alega ter sido mostrado para ele como forma de ameaça não foi encontrado.

José Carlos está preso em Vitória.