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Mais de 1500 pessoas se manifestam em defesa do Rio Doce em Linhares
Mais de 1500 pessoas participam nesta sexta feira de um protesto em defesa do Rio Doce que foi devastado pela lama das barragens da mineradora Samarco, que romperam em Mariana – MG. Os manifestantes cobram ações do Governo Federal e da própria Samarco no sentido de mitigar os impactos causados pelo desastre ao meio ambiente. “
“Não podemos deixar de denunciar o maior desastre ambiental ocorrido no Brasil, que trás grandes conseqüências, especialmente aos produtores rurais e pescadores, queremos providências do Governo e da Samarco para amenizar os estragos”, disse Joselma Maria Pereira, representante do MST.
“Isso não foi acidente. Foi incompetência diante da ganância e corrupção. Que punam os culpados pelo que aconteceu”. O desabafo é de Luciano Gonçalves, representante da federação das Associações e Movimentos Populares de Linhares – FAMOL.
Para Josemar Pegorete, técnico do Instituto Federal do Espírito Santo – IFES, o descaso ocorre há 40 anos. “Isso deveria estar sendo fiscalizado. Não existe consórcio que dê conta de despoluir, reflorestar, de isolar as margens do rio. Nenhuma tragédia acontece da noite para o dia. Todos sabiam que isso poderia ocorrer”, afirmou.
Os manifestantes se concentraram na Praça 22 de agosto, de onde saíram por volta das 10h, em caminhada com inúmeras faixas e gritos de protesto pela Rua Monsenhor Pedrinha, uma das principais do Centro da Cidade. Na Ponte Joaquin Calmon, que fica sobre o castigado Rio Doce os manifestantes darão um abraço simbólico no manancial. Também faz parte da programação, um culto ecumênico no cais do Porto.
Participam do protesto o Movimento dos Pescadores, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação dos Deficientes Físicos de Linhares, Federação das Associações de Moradores, Grêmio Estudantil, GLBT e várias outras entidades populares.
A previsão é que o movimento prossiga até às 15h
A reportagem do Site Aracruz encaminhou as declarações à assessoria de comunicação da Samarco, mas até o fechamento dessa matéria, a empresa ainda não havia se manifestado. Caso responda, suas alegações serão publicadas.