Geral
Unidade Móvel de Atendimento à Mulher do Campo em aldeia de Aracruz
A Unidade Móvel de Atendimento à Mulher do Campo da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) esteve, nesta terça-feira (26), na Aldeia Caieiras Velha, no município de Aracruz. O Ônibus Lilás levou à região serviços da área de saúde, assistência jurídica, atendimento psicossocial e rodas de conversa, com o objetivo de conscientizar sobre a violência contra a mulher.
A população que esteve presente pode realizar aferição de pressão arterial e glicemia e testes rápidos. Também houve atendimentos com psicólogos e assistentes sociais; atendimento jurídico com Defensoria Pública da União e Defensoria Pública do Espírito Santo; e atendimento da equipe técnica do CRAS indígena e CREAS. O evento foi realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Aracruz.
Na abertura do evento, a subsecretária de Políticas para Mulheres da Sedh, Juliane Barroso, falou sobre o objetivo da ação. “A nossa intenção maior é ouvir vocês e divulgar os serviços disponíveis de orientação e prevenção de violência contra a mulher. Já tivemos a oportunidade de estar junto das mulheres quilombolas de Guarapari e compreendemos que precisamos levar este trabalho cada vez mais para o interior. Queremos contemplar as mulheres em sua diversidade”, destacou.
A presidente do Conselho Estadual de Direitos de Defesa da Mulher, Edna Calabrez, que comandou as rodas de conversa, ressaltou que a violência também existe nas aldeias indígenas. “Estamos dialogando neste mês de março sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, e as mulheres indígenas também vivem esta realidade. Costumamos ter uma visão muito urbana do processo, mas quando temos a oportunidade de dialogar com as mulheres do campo, percebemos que a violência existe, então é importante levar para estes espaços o conhecimento e buscar uma transformação na realidade”, disse.
Deosdeia de Souza, da Aldeia Pau Brasil, confirmou esta informação. “Há algum tempo eu acompanho o trabalho desenvolvido pelo Ônibus Lilás e acho que ele vem somar. A violência dentro da aldeia acontece sim e nós, mulheres, temos que nos organizar para conseguirmos informar e preparar todas as faixas etárias. Já fui vítima de violência e hoje luto pelos nossos direitos”, contou.
Membro do Conselho Municipal das Mulheres, a indígena Zilma Maria Santos Vicente, destacou a importância de repassar os conhecimentos para os homens. “Cabe a nós levar o que sabemos e aprendemos aos homens. Faço questão que eles entendam que trabalhamos lado a lado. E nós mulheres temos que nos juntar, dando apoio umas as outras; não podemos deixar os homens pisarem em nós”, enfatizou.
Na oportunidade, o prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri, explicou que tem dado prioridade às políticas públicas voltadas para as mulheres. “Que nós possamos cada vez mais avançar nessas questões, conscientizar pessoas e nos juntar. Esse tipo de conversa e oportunidade devem ser realizadas com frequência em todos os lugares, para que as mulheres possam entender os direitos delas”.
Estiveram ainda no evento a secretária Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho, Rosilene Matos, a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Drª Amanda da Silva Barbosa, e representantes do Sindicato Rural.