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Produtores participam de curso de aproveitamento do subproduto do cacau

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A prefeitura de Aracruz, por meio da Secretara de Agricultura, em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), promoveu na última quinta-feira (27/09) e sexta-feira (28/09), no refeitório do supermercado Oriundi, o Curso de aproveitamento do subproduto do cacau. Foto: Divulgação

Cerca de 25 produtores de Aracruz participaram do curso que teve uma carga horária de 16h, com aulas teóricas e práticas. Ele foi ministrado pelo Técnico Agrícola da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Álvaro Cândido da Silva. Foram passados detalhes da história desse produto no Espírito Santo, seus derivados e curiosidades.

Segundo Álvaro Cândido, o cacau, muito conhecido pela produção do chocolate, também tem derivados como o mel, para fabricação de geleias, bebida energética e vinhos, por exemplo. De sua polpa podemos extrair sucos, geleiado como sorvetes e picolés. Até mesmo de sua placenta, ou “pendúculo”, são feitos doces em calda. Das amêndoas são produzidos licor, pó de cacau e manteiga. E por fim, com sua casa, são extraídos ração, adubo e biogás.

Ainda de acordo com o Técnico da CEPLAC, sendo o cacau aproveitado principalmente na produção do chocolate, o produtor deve-se atentar para as perdas com seu derivado. “Para evitarmos essa perda, temos a necessidade de desenvolvermos produtos passíveis a serem incluídos na produção humana”, comenta

Relação do Espirito Santo com o cacau
Por meio de um telão um cronograma apresentou a trajetória desse produto tão importante na economia capixaba. Ele chegou no estado em 1917 e teve sua primeira fábrica de chocolate implantada (Garoto) em 1929. Posteriormente chegaram o “Chocolates Vitória” em 1970, a fábrica “Floresta do Rio Doce”, além das marcas “Chocolate Espírito Cacau”, “Espírito Santo” e “Terra Cacau”.

Para o Secretário de Agricultura da prefeitura de Aracruz, Renato Sobrinho, o curso oportunizou aos produtores ampliar as diversas possibilidades de agregação de valor à cultura do cacau, além de seus conhecimentos, tanto da relação professor-aluno, quanto aluno- professor, e de aluno para aluno. "Foi um grande aprendizado coletivo. A cadeia produtiva do cacau no município de Aracruz tende a ganhar muito a partir deste importante curso, haja vista o início de diálogo entre os participantes para formação de uma cooperativa, objetivando a comercialização dos derivados do cacau", comemora.

Os produtores também participaram de várias receitas, produzindo chocolate amargo, ao leite em tabletes, cocadinhas, chocolate em pó, creme de chocolate, doces de sibirra, geleias de cacau, doce de nibis, nibis salgado, e licor de mel de cacau. Todos os participantes receberam ao final do curso um certificado de conclusão. O objetivo principal foi possibilitar a esses produtores que, com uma produção diversa, eles possam aumentar suas vendas e lucros.