Caminhoneiros protestam na BR 101 em João Neiva contra alta dos combustíveis

Os seguidos aumentos nos preços dos combustíveis desencadeou uma greve geral dos caminhoneiros na manhã desta segunda-feira (21). Os manifestantes protestam especialmente contra o aumento do valor do diesel. Os protestos ocorrem em vários estados como Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. 
 

No Espírito Santo, um dos protestos ocorre na BR 101, perímetro urbano do Município de João Neiva, norte do Estado. Pouco antes das 8h da manhã, caminhoneiros pararam seus veículos às margens da rodovia e atearam fogo em pneus colocados no meio da pista. Foto celular: Euler Resende

O protesto é pacífico e o objetivo dos profissionais é impedir a passagem de caminhões, para mostrar ao Governo Federal a importância e a força da categoria. Veículos de passeio não estão sendo impedidos de passar, necessitando apenas de um pouco de atenção e paciência dos motoristas em alguns momentos. 

No local muitos motoristas de automóveis sinalizam em apoio aos manifestantes. 
“Essa luta deveria ser de todos os brasileiros, já que essa política do governo prejudica a todo mundo, gritou um motorista de um veículo de passeio. 
 

A insatisfação dos caminhoneiros é também com os valores dos pedágios e o baixo valor dos fretes. A pauta de reivindicações inclui a redução nos impostos sobre o valor cobrado pelo diesel e a revogação da Lei que autoriza à Petrobras a aumentar continuamente os valores dos combustíveis. 
 

Na última semana os valores foram reajustados quase todos os dias. Somente no período, o diesel acumulou alta de 6% e a gasolina de quase 7% nas refinarias. Os aumentos seguidos ocorrem desde que o Governo Temer mudou a política de preços dos combustíveis, que agora seguem os valores do mercado internacional, apesar de toda a produção do Brasil.
 

Também no Espírito Santo, caminhoneiros também realizam protesto no km 301 da BR 101, em Viana, na Grande Vitória. Os manifestantes chegaram a fechar a rodovia, mas liberaram após um acordo com a Polícia Rodoviária Federal.