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Policiais civis realizam projeto “Papo de Responsa” na Aldeia Comboios
A equipe da Polícia Civil que integra o “Papo de Responsa” realizou, nessa segunda-feira (14), mais uma etapa do projeto na aldeia Comboios, em Aracruz, desta vez com os alunos. A ação ocorreu durante toda a tarde e contou com a participação de 60 adolescentes tupinikins, alunos do quinto ao nono ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil (Emef) Dorvelina Coutinho. Os policiais foram acompanhados pelo novo coordenador do projeto e Diretor da Academia de Polícia (Acadepol), Delegado Joel Lyrio.
Adotado há quatro anos pela Polícia Civil do Estado, o “Papo de Responsa” atua em áreas de maior vulnerabilidade social, realizando um trabalho de educação social nas escolas públicas. O projeto chegou às aldeias do Norte do Estado no final de maio deste ano.
“Com esse projeto a polícia civil pode conversar, dar voz e ouvir jovens de aldeias indígenas. Essa ação é inovadora, o linguajar diferente, a abordagem difícil, mas o desafio foi lançado e a equipe demonstrou que possui muito conhecimento e capacidade. Fiquei muito satisfeito com o trabalho e pretendemos dar continuidade para alcançar ainda mais pessoas pelo Estado”, completou Joel Lyrio.
A equipe do Papo de Responsa já esteve reunida, no dia 06 de julho deste ano, com os adultos da comunidade indígena e, neste mês, iniciaram o trabalho com os adolescentes. Durante o projeto, serão contemplados indígenas tupinikins e guaranis. Além das unidades de ensino da Aldeia Comboios, a polícia civil atuará em mais duas comunidades indígenas, as aldeias Caieiras Velha e Três Palmeiras.
Papo de Responsa
O projeto foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com a polícia carioca, trouxe para o Estado.
‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que, por meio da palavra e de atividades lúdicas, discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade. No primeiro ciclo, denominado de “Papo é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Durante o ano de 2015, o projeto atendeu 1.663 jovens em áreas de vulnerabilidade, 210 famílias, 22 professores diretamente envolvidos com a atividade, 16 unidades de ensino, quatro municípios e 15 bairros.
Fonte: Governo do Estado