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PC apresenta projeto “Homem que é Homem” para sete prefeituras

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Na última sexta-feira (17), a Polícia Civil apresentou a proposta de expansão do “Homem que é Homem”, um projeto que busca promover a reflexão e a responsabilização de homens autores de violência doméstica. A apresentação aconteceu no auditório da Chefatura de Polícia, em Vitória, e estiveram presentes representantes das prefeituras dos municípios de Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guarapari, Linhares, São Mateus e Viana.


Na programação, as prefeituras participaram de uma palestra sobre “A situação atual da violência contra a mulher no Estado”, ministrada pela delegada Natalia Tenório Sampaio, seguido de uma explanação sobre o conceito e desenvolvimento “Projeto Homem que é Homem”, feita pela a psicóloga da Polícia Civil, Ana Paula Milani Patrocínio.


De acordo com o chefe da Polícia Civil, o evento visa buscar parcerias, sem nenhum custo, para ampliar as ações do “Homem que é Homem” para todos os municípios do Estado. “É de suma importância a participação dos municípios para que o projeto de continuidade, com este evento o projeto passa a ser de toda sociedade e nosso objetivo é buscar diminuir os índices de violência contra a mulher”, destacou Guilherme Daré.

 

O evento foi encerrado com orientações praticas e legais, apresentados pelo superintendente de Polícia Regional Metropolitana e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Elaboração de Ações para o Enfrentamento à Violência (NIEV) da Polícia Civil e responsável pelo projeto, delegado Sérgio de Mello. Na oportunidade, ele entregou uma cópia do Termo de Cooperação à equipe da prefeitura de Cachoeiro Itapemirim, consolidando a parceria.


Estiveram presentes na abertura do evento o chefe da Polícia Civil, delegado Guilherme Daré; o prefeito de Cachoeiro do Itapemirim, Victor da Silva Coelho; subsecretária de Integração Institucional, delegada Gracimeri Gaviorno; a subsecretária de Direitos Humanos, Helena Pacheco; o superintendente de Polícia Regional Metropolitana (SPRM), delegado Sergio de Almeida Mello; o superintendente de Polícia da Região Sul, delegado Faustino Antunes; a Gerente de Proteção à Mulher, Daniella de Souza Figueiredo, além de policiais que atuam nas Delegacias e Distritos de Proteção a Mulher e equipes técnicas das prefeituras.


NIEV

Criado em abril de 2015, o Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Elaboração de Ações para o Enfrentamento à Violência (NIEV) tem como objetivo desenvolver projetos, pesquisas e ações utilizando uma abordagem interdisciplinar na discussão das relações que envolvam as violências, visando à prevenção da violência e à redução dos índices de violência contra a mulher.

 

Sob a responsabilidade administrativa da Polícia Civil, o NIEV é composto por psicólogos e assistentes sociais da Polícia Civil alocados nas Delegacias, bem como por profissionais de áreas afins da Polícia Civil, que se reúnem, mensalmente, para emitir relatório das ações desenvolvidas e execução de projetos e analisar os dados estatísticos fornecidos pelos Distritos Policiais de Atendimento à Mulher.

 

“Homem que é Homem”

 

Lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, o projeto “Homem que é Homem” foi desenvolvido para contribuir para a redução do índice de reincidência de violência contra a mulher.


Para isso, homens agressores que foram denunciados nos Distritos Policiais de Atendimento à Mulher são convocados a participar de um ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas, a fim de estimular formas pacíficas de lidar com os conflitos.


As reuniões acontecem uma vez por semana e totalizam cinco encontros, incluindo a de apresentação do projeto. Estes homens participam de encontros organizados por uma equipe psicossocial da Polícia Civil. O primeiro acontece por meio de intimação judicial, mas, depois, a permanência e frequência aos outros quatro encontros é voluntária. Em cada um são apresentados conceitos para uma cultura de respeito e não violência.


Os temas abordados contemplam relações de gênero, formas pacíficas de lidar com os conflitos, identificação e reflexão a respeito das violências nas relações, bem como aspectos relativos à relação familiar, propondo pensar o espaço subjetivo ocupado na família como um lugar democrático de convivência.