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Morte: Santa Joana fala sobre caso

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Na manhã desta sexta feira (17), nossa reportagem esteve no Sítio Santa Joana, a convite de um dos proprietários e administrador do local, Geraldo Cavalieri. Falando exclusivamente ao Site Aracruz, o empresário lamentou o que chamou de fatalidade a morte de Josemar Nunes Soares, de 49 anos, que teve o corpo encontrado boiando em um riacho da propriedade na tarde do último domingo (12).

Ainda muito sentido com o ocorrido, Geraldo explicou porque não falou com nossa reportagem quando foi procurado na última segunda feira. “Aquele era um momento de muita dor, pelo fato de ter ocorrido em nossa propriedade também, mas principalmente pela perda de um amigo que conheci ainda menino.” Geraldo acrescentou que Josemar era cliente assíduo do sítio e que sempre freqüentava o local na companhia dos dois filhos, mas que os laços de amizade começaram a se formar quando ainda muito jovens, costumavam estar juntos no mesmo sitio que na época, já pertencia à família Cavalieri.

Passados alguns dias do ocorrido, Geraldo decidiu convidar nossa reportagem para falar pela primeira vez, a um veículo de comunicação, como recebeu a notícia. Disse que no domingo pela manhã, familiares de Josemar estiveram no sítio, e lá encontraram o carro da vítima. Em princípio, Geraldo não viu anormalidade nisso, já que, segundo ele, é comum em noites de festa, algumas pessoas, após ingerirem bebida alcoólica preferirem voltar pra casa de taxi ou de carona com amigos, deixando para buscar o veículo no dia seguinte.

Geraldo afirmou que esteve com a vítima durante a festa de casamento que ocorria no local e que conversaram em alguns momentos. Lembrou que Josemar saiu da festa e foi deixar em casa a filha e o filho que estavam com ele e depois retornou.

Às 2h30min da tarde de domingo, o segurança disse ter visto Josemar saindo do salão e o sistema de vídeo-monitoramento mostra que isso ocorreu às 2h30min da madrugada de domingo. O cunhado de Geraldo, que também faz a segurança, fez buscas em toda a área e encontrou o corpo no riacho, a cerca de 350 metros do local do evento. Como mostra a foto a cima, o riacho fica no sentido oposto ao estacionamento cuja distância não passa de 30 metros do salão.

Perguntado se o ocorrido tinha um peso negativo para imagem de um dos cerimoniais mais conhecidos e procurados da região, Geraldo respondeu que esse não era o motivo de sua dor. “Como você está vendo, estão aqui todos os alvarás exigidos pelos órgãos competentes para o funcionamento do espaço, incluindo o do Corpo de Bombeiros. Sempre procurei seguir à risca os menores detalhes observados pelas equipes que vistoriam o local e graças a esse cuidado, em 13 anos de funcionamento, nunca tivemos qualquer problema que colocasse em dúvida a segurança do espaço. O que me dói muito é perder um amigo como o Josemar”. O empresário fez questão de manifestar sua solidariedade a toda família do amigo pela qual sempre teve grande carinho.

Josemar trabalhava como coordenador de manutenção na empresa Fíbria. A polícia não encontrou sinais de violência no corpo da vítima. Ele estava devidamente vestido e com todos os seus pertences pessoais como 1 cordão de ouro, aliança, relógio e carteira, o que descarta qualquer possibilidade de crime de latrocínio (roubo seguido de morte). O corpo tinha um leve ferimento na testa que pode ter sido causado na queda. A causa morte apontada pela polícia foi afogamento.