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Cacique revê apoio à expulsão de famílias da aldeia Areal

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Alguns caciques que inicialmente apoiaram a idéia de expulsar aproximadamente vinte famílias da aldeia Areal, em Aracruz, podem ter se precipitado na decisão, já que nem todos constataram que as famílias a serem excluídas são mesmo formadas por não indígenas. Este foi o caso do cacique Nelson Carvalho, da aldeia Três Palmeiras, que após reportagem do Site Aracruz informando sobre a denúncia apresentada pelas famílias, junto ao Ministério Público Federal - MPF, resolveu rever sua posição baseada em uma análise pessoal do caso.

Em conversa com nossa reportagem, neste sábado (20), o cacique confirmou que foi pessoalmente à aldeia Areal onde constatou que as famílias ameaçadas de expulsão são formadas por indígenas e não por brancos como a informação que influenciou sua decisão de apoiar a exclusão. “Agora que estive na aldeia e conheci a realidade estou decidido a apoiar o cacique Jonas” (que defende o direito das famílias permanecerem na aldeia), declarou Carvalho.

A pastora evangélica Giseli Campos Silva, que pertence a uma das famílias ameaçadas, e que também assinou a denúncia encaminhada ao MPF, entrou em contato com o Site Aracruz para registrar um pedido de desculpas ao cacique Peru, da aldeia Piraqueaçu e ao cacique Toninho, da aldeia Boa Esperança. Apesar de fazerem parte da Comissão de Caciques, alvo das denúncias, a pastora esclarece que eles não estavam presentes na reunião em que foi tomada a decisão de expulsar as famílias e por isso não se posicionaram na decisão.

A ação de forçar a saída das famílias estava programada para o último dia 05 de agosto, mas foi adiada após denúncias apresentadas no MPF, que já pediu acompanhamento do caso.