Educação

Divisória de sala de aula desaba e prefeitura não informa quando haverá aula em escola de Barra do R

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A queda de duas divisórias em salas de aula ocorrida na última quinta feira (11) na Escola Municipal de Ensino Fundamental Zenília Varzem Ribeiro, em Barra do Riacho, Aracruz, até pode ter surpreendido a quem não conhece o local onde a escola funciona provisoriamente, mas não a quem trabalha ou tem seus filhos estudando naquela unidade escolar. É o caso da professora Ironilda Santos Rangel, que trabalha na escola. Em abril deste ano a professora já havia denunciado as condições da unidade através do Site Aracruz, na ocasião o principal problema era a qualidade da água oferecida a alunos e profissionais da educação.

“Agora foram as divisórias que caíram, fato que poderia resultar em crianças feridas. A estrutura pode não estar firme e da próxima vez pode ser algo com conseqüências mais graves. Esse local não oferece condições para o funcionamento da escola. Além da insegurança comprovada nesse incidente, o local só tem três banheiros para cerca de quinhentos alunos, professores e funcionários. Esses banheiros, que são usados por crianças e adultos, não oferecem acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, os ventiladores quase não funcionam, algumas salas mais parecem corredores, de tão estreitas. Essas más condições influenciam no aprendizado das crianças, que são muito prejudicadas”, disse a professora.

Ainda segundo Ironilda, o galpão foi improvisado para abrigar a escola pelo período de um ano, prazo previsto para o término das obras do prédio da escola Zenília Varzem Ribeiro, que teve início em 2013, após determinação da justiça, com base em denúncia apresentada pela própria professora, devido às más condições do prédio. E lá se vão quatro anos.

Em 2013 a prefeitura de Aracruz chegou a assinar, junto a Ministério Público, um Termo de Ajuste de Conduta – TAC. Nele a prefeitura se comprometeu a entregar o prédio aos alunos em 2014, mas apesar de o TAC prever multa por descumprimento do acordo, os alunos continuam estudando em local sem as devidas condições.

A queda das divisórias ocorreu na manhã da última quinta feira (11) e desde então os alunos estão sem aula.

Procurada por nossa reportagem, através da assessoria de comunicação, a prefeitura não tentou explicar o atraso na entrega da escola, assim como também não informou quando a escola improvisada voltará a funcionar.

Segue cópia de documentos relacionados

Galpão onde funciona a escola provisoriamente: