Política

Ex-vereador de Aracruz acusado de empregar funcionário fantasma se diz vítima de perseguição

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O ex-vereador de Aracruz, Agnaldo Conceição de Jesus, o Irmão Agnaldo, se declara inocente da acusação de manter em seu gabinete um funcionário fantasma no ano de 2011 quando foi vereador, na época pelo PRTB.

Uma decisão da justiça condenou o ex-parlamentar a ressarcir aos cofres públicos do município o equivalente ao valor pago a um suposto “funcionário fantasma” lotado em seu gabinete. Na decisão, divulgada nesta quinta feira por alguns veículos de imprensa, a justiça decretou a perda dos direitos políticos do ex-parlamentar pelo período de cinco anos.

Atualmente pré-candidato a vereador pelo PRB, Agnaldo falou com exclusividade ao Site Aracruz, que segundo ele, foi o primeiro veículo de imprensa que se propôs a ouvi-lo.

“Tenho a consciência tranqüila e isso não passa de perseguição política”, afirmou o ex- vereador.

Agnaldo afirmou que em 2011 cada vereador tinha direito a sete assessores e aceitando sugestão do Ministério Público, a câmara aprovou projeto que reduzia esse número para cinco assessores. Assim, dois de seus colaboradores foram exonerados e um deles, aborrecido, teria conversado com um adversário político do vereador, que teve a idéia de gravar um áudio e enviar anonimamente para o Ministério Público com o objetivo de prejudicá-lo. A gravação levantava suspeita de manutenção de funcionário fantasma e de Rachid, prática em que parte do salário do servidor (assessor) volta para as mãos de seu contratante (vereador).

Agnaldo disse que foi ouvido pelo Ministério Público, que teria descartado o crime de Rachid, porém mantido a acusação de manutenção de funcionário fantasma. O ex-vereador alega, ainda, ter como provar através de vídeos e do cartão de ponto que o ex-assessor cumpria seu horário normalmente. Diz também que sua advogada entrou com pedido para que a justiça incluísse essas supostas provas no processo, mas que o pedido não foi atendido.

Na noite desta quinta-feira, quando conversou com nossa reportagem, Agnaldo afirmou que ainda não tinha sido comunicado sobre a decisão judicial. Acrescentou que vai recorrer e que essa decisão, por ser de primeira instância, não o impede de disputar essas eleições.

Outro caso em Aracruz:

Atualmente, outro caso ainda indefinido na Câmara Municipal de Aracruz é o do vereador Fabio Machado (PC do B). Ele é acusado de vender uma vaga de assessor para uma tia pelo valor de R$ 15.000,00. A denúncia foi feita pela própria tia. Segundo o vereador, a justiça suspendeu o processo alegando que para dar prosseguimento às investigações depende que uma nova denúncia seja feita, e da próxima vez, por um vereador.

Apesar da grave acusação, Machado é candidato a reeleição.