Política

Vice-prefeito de Ibiraçu fala sobre pré-candidatura e critica tentativa de denegrir sua imagem

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Após se tornar um dos nomes mais comentados de Ibiraçu, nas últimas semanas, devido à possibilidade de concorrer às eleições municipais com o atual prefeito Duda Zanotti, o vice-prefeito e secretário de educação de Ibiraçu, Diego Krentz (PMDB), escolheu o site Aracruz para desmentir calúnias e criticar a tentativa de denegrir sua imagem para beneficiar outro pretenso candidato.

Na manhã desta sexta feira (08), Diego recebeu nossa reportagem em seu gabinete, na Secretaria Municipal de Educação. Ele confirmou que colocou seu nome à disposição e que hoje é pré-candidato à prefeitura de Ibiraçu, mas o que tem aborrecido o administrador são as calúnias de que ele teria um acordo com o grupo de oposição.

“Hoje eu sou alvo de calúnias e muito desse fogo é fogo amigo. Essa é uma prática conhecida. Você desidrata um pretenso candidato pra tentar viabilizar a candidatura de outro, inventando horrores. E essa é uma coisa que temos que repudiar, desabafou o vice-prefeito.”

Site Aracruz: Quando você diz “fogo amigo” quer dizer que as calúnias estariam partindo de pessoas que fazem parte do grupo da administração municipal?

Diego Krentz: Sim. Os nomes chegam a mim com muita rapidez, mas por hora prefiro não comentar por que muita gente já sabe e quem não sabe pode concluir. Basta ver a quem beneficiaria o desgaste da minha imagem.

Perguntado se houve um racha entre ele e o prefeito, Diego respondeu:

“Acredito na política honesta, sincera, falando a verdade e não agindo pelas costas. Acho que tenho a liberdade de me posicionar politicamente como qualquer outro político dessa cidade. Questão pura e simples política partidária. Não me isento da responsabilidade solidária dessa gestão até dezembro de 2016, mas como membro partidário qualquer liderança pode se posicionar da maneira que quiser. Não há necessidade de uma briga para você pensar diferente. Respeito o posicionamento do prefeito, sei do meu papel como vice-prefeito, sei das minhas atribuições, da minha função também como secretário de educação, mas pensando em eleição, eu tenho o direito de colocar meu nome à disposição assim como ele tem e qualquer outro agente político tem. Por quê não colocar o nome à disposição da população para ela dizer se acha isso positivo ou negativo e se ela quer um debate nesse nível?

Site Aracruz: Você e o prefeito já conversaram a respeito da sua pré-candidatura?

Diego: Não, não temos nos falado muito, talvez devido à agenda conturbada de ambos.

Site Aracruz: Sua decisão provocou algum mal estar com o prefeito de forma que venha prejudicando seu trabalho?

Diego: O relacionamento é de muito respeito de ambos os lados. A gente não pode deixar isso influenciar no trabalho. Não podemos deixar a peteca cair para não prejudicar a população.

Site Aracruz: Você e o Duda venceram juntos uma eleição quando muita gente não acreditava que seria possível. Agora o Duda não definiu se é ou não candidato. Você acha que se ele não confirmar candidatura, o natural seria ele te apoiar?

Diego: “As incertezas fazem com que a gente tenha que ter um posicionamento. Eu acho que se deve respeitar o posicionamento do agente político. Quando tiver um cenário desenhado de que ele não seja candidato, eu vou procurá-lo e pedir o apoio dele. Isso é inevitável. Agora se eu vou ficar chateado no caso de ele apoiar ou não, digo que isso é da consciência dele. Não vou criar expectativa. Vou esperar pelo posicionamento dele, dando liberdade, sem pressão, sem falar mal, sem achar ruim, sem denegrir a imagem. Acho que agente tem que mudar o foco desta baixaria da política de que quando um não é mais aliado tem que ser alvo de calúnias. Acho que a gente tem que mudar.

Diego criticou também a antiga forma de se decidir candidaturas em Ibiraçu.

“Era comum fazer política nessa cidade decidindo candidato de portas fechadas, com raras exceções, mas na maioria das vezes é uma disputa do poder pelo poder mesmo. Tomavam-se as decisões e não se dava uma opção a mais para a população. Minha candidatura não é contra A ou contra B. Não descarto dialogar como pessoa física. O Diego é pessoa física. Partido é um grupo e isso tem que ser respeitado, disse.”

Site Aracruz: O que você diz sobre o comentário de que haveria uma promessa de apoio da oposição à sua candidatura, no caso de Naciene Vicente não participar do pleito?

Diego: Não existe conversa sobre isso, e mais: a pessoa Diego é uma coisa, instituição partidária é outra. Mesmo que eu quisesse, não poderia jamais aceitar uma proposta desta ou fazer qualquer tipo de acordo sozinho. Tem um monte de gente aí se achando dono de partido, mas eu não sou dono do PMDB. Temos que separar. Quem manda no PMDB são seus filiados. Eu estou na prefeitura de Ibiraçu há quase dose anos. Foram oito como efetivo e em dezembro completo quatro anos como vice-prefeito. Em 2005 no mandato do Jauber trabalhei com ele, me filiei ao PMDB a convite dele. Depois veio a gestão da Naciene e eu continuei trabalhando e me empenhando na secretaria de finanças. Aprendi muito com o Jauber e aprendi muito com a Naciene também. Eu respeito os dois modelos de gestão. Talvez seja por isso que estejam inventando essas calúnias. Eu tenho amigos, pessoas que eu gosto muito do lado de lá. As pessoas acham que é preciso ter uma divisão, um distanciamento político. Se fulano é da oposição eu não posso conversar com ele, sair com ele. Não penso assim.

Site Aracruz: Você não tinha desistido da pré-candidatura?

Diego: Essa foi outra calúnia para me desacreditar. Apesar do transtorno que essas calúnias poderiam me causar, consigo vê-las pelo lado positivo. O bom de tudo isso é que nunca recebi tantas manifestações de apoio. Sinto que quanto mais tentam me pichar, mais as pessoas me abraçam. Esse carinho só me estimula ainda mais a participar do pleito. A gestão Duda e Diego é até dezembro de 2016 e não pode ter influência negativa. Óbvio que tem aquelas ranhuras, mas às vezes eu vejo muito mais tensão de partidários, mas eu vejo muito respeito dele comigo. Quando há um racha a primeira coisa que se pensa é no quanto pior melhor e isso não pode ocorrer.