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Reunião pode definir acordo entre índios de Aracruz e Samarco

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Índios Tupiniquins e Guaranis, que interditaram parcialmente as Rodovias ES 010 e ES 257, em Aracruz na semana passada em protesto contra a Samarco, estão reunidos nesta tarde de quinta feira (11) com representantes da empresa, na tentativa de um acordo capaz de compensar os danos que os indígenas alegam ter sofrido após o rompimento da barragem da empresa, no município de Mariana - MG.

Segundo os índios, a lama de rejeitos que desceu pelo Rio Doce vem matando muito peixes no mar de Comboios, no Rio Riacho, que recebe água do Rio Doce através do Canal Caboclo Bernardo e possivelmente seria a causa da grande mortandade de ostras e outros mariscos no Rio Piraqueaçú.

De acordo com informações de Vilson Benedito de Oliveira, chefe da coordenação técnica da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, em Aracruz, participam da reunião com a comissão de indígenas, dois advogados, uma bióloga e duas profissionais encarregadas do relacionamento entre empresa e índios, além de representantes da FUNAI de Brasília.

Ainda segundo o chefe da FINAI no Município, os indígenas já apresentaram propostas compensatórias que deverão ser assumidas pela empresa, mas preferiram não revelar o que foi pedido. A expectativa é de que a resposta seja conhecida ainda nesta quinta feira.

Na reunião anterior entre as partes a Samarco teria oferecido um salário mínimo para cada família indígena e mais 20% por cada membro familiar. Os índios recusaram a proposta e os representantes da empresa teriam deixado a reunião, informou a FUNAI.

A Samarco não se manifestou sobre a questão.