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Titular da Delegacia Patrimonial destaca casos elucidados em 1 ano e 1 mês de Aracruz

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O delegado Rodrigo Peçanha, titular da Delegacia Patrimonial de Aracruz, tem sido muito exigido pelo grande número de furtos e roubos que ocorrem na cidade e distritos de Aracruz. Apesar do número de casos, o profissional e sua equipe têm mostrado muita competência e  conseguido dar respostar rápidas à sociedade aracruzense 

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Além dos casos de Aracruz, o delegado comanda também investigações de muitos crimes em municípios vizinhos, quando ocorridos em horários noturnos, como foi o caso do assalto à propriedade do deputado estadual Torino Marques, ocorrido no último dia 06 de abril.
 

 

Assalto ao deputado estadual Torino Marques


Na ocasião, por volta das 21h27, três bandidos armados invadiram o sítio localizado em Biriricas, zona rural de Fundão, entraram na casa e renderam o deputado estadual e familiares, que tiveram armas apontadas para suas cabeças e foram trancados em um quarto da residência. Os criminosos roubaram o carro do deputado, um Hyundai Elantra, uma TV, celulares da família e outros objetos.
 

“O veículo foi recuperado na mesma noite, com atuação da Delegacia Patrimonial de Vitória, que veio nos prestar um apoio. O carro foi recuperado em Nova Almeida (Serra) e devolvido ao deputado. As investigações continuam para identificar os autores, disse o delegado ao Site Aracruz.
 

Durante a entrevista, Peçanha, que assumiu o posto em Aracruz no dia 22 de março de 2018, relembrou outros casos que mereceram destaque no Site Aracruz e na imprensa estadual. 
 

“Podemos destacar o caso da falta de oxigênio no porão do navio, que matou três trabalhadores no Portocel; a prisão de uma quadrilha especializada em furtos em residências e o caso da extorsão que terminou com a morte de um jovem após acidente ocorrido em Fundão”, afirmou.  
 

 

Portocel
Falta de oxigênio no porão do navio liberiano Sepetiba Bay, ocorrida em 24 de julho de 2018  no Portocel, em Aracruz, deixou três trabalhadores portuários mortos e um hospitalizado.
 

As vítimas fatais foram identificadas como Adenilson de Carvalho, Suport - 47 anos, Clovis Lira da Silva, Arrumador - 52 anos e Luiz Carlos Milagres, Estivador - 64 anos
 

“Através de perícia e investigação bem aprofundada, conseguimos verificar que o responsável pela medição dos gases no porão do navio, local onde morreram os trabalhadores, não tinha feito a medição naquele dia específico e ainda assim liberou a entrada dos trabalhadores. Então nós fizemos um relatório e encaminhamos para a justiça indiciando esse trabalhador por homicídio culposo” (quando não há intenção de matar). Esclareceu o delegado.


Quadrilha especializada em furtos - Vereador está entre as vítimas
A quadrilha usava uma caminhonete S10 para transportar tudo que furtavam ao arrombar casas e apartamentos. Uma das vítimas dessa quadrilha foi o vereador Alexandre Manhães, que teve arrombado o apartamento em que morava no bairro Decarli.  
“Essas pessoas cometeram pelo menos oito furtos aqui em Aracruz e muitos em São Mateus, Colatina e Linhares também. Em investigações realizadas em parcerias com as delegacias dessas outras cidades, montamos uma campana e conseguimos flagrar essa caminhonete com três ocupantes. Todos eram de Cariacica”, afirma Peçanha. 
      

 

Sequestro relâmpago 

Esse caso recente chamou muito a atenção da sociedade aracruzense porque resultou na morte de um jovem inocente e trabalhador. Era uma quarta-feira, 21 de março de 2019, pouco depois das 21h. O jovem Vinícius Vieira Santos, 20 anos, saiu de casa, pegou o carro e foi buscar a namorada em um supermercado localizado na região central da cidade, onde os dois trabalhavam. No caminho para a casa da jovem, Vinícius parou o carro próximo a uma lagoa no Bairro Jardins. Quando o casal conversava dentro do veículo, foi rendido por um suspeito portando uma arma que, somente após o desfecho do caso, soube-se que era de brinquedo.


O suspeito assumiu a direção do VW Gol e passou a buscar caixas eletrônicos na tentativa de sacar dinheiro com os cartões das vítimas. Após furar um cerco policial, o suspeito identificado com Bruno Felipe de Jesus Santana, 21 anos, seguiu em direção ao município de Fundão. Em um viaduto localizado próximo à prefeitura de Fundão, o suspeito perdeu o controle do veículo e o carro caiu do viaduto. Vinícius que estava amarrado no banco de trás e sem cinto de segurança, morreu no acidente.
 

Bruno, que ficou ferido, foi preso em flagrante no local pela Polícia Militar. Após uma série de diligências, a Polícia Civil chegou à identidade da comparsa, que era namorada do Bruno. O delegado pediu a prisão preventiva da suspeita identificada como Gizelly Rodrigues Ramos e executou a prisão logo após a expedição do mandado pela justiça.
 

De acordo com Peçanha, Gizelly estava na moto com Bruno quando ele usou uma arma de brinquedo, um simulacro perfeito, para sequestrar o casal. Após o suspeito entrar no carro, a namorada usou a moto para acompanhar o carro onde também estavam as vítimas.
 

 “Depois que nós fizemos a prisão dele, com a divulgação da foto, um casal que tinha sido vítima dele no início de fevereiro nos procurou e informou que ele teria participado de um roubo em Aracruz com restrição de liberdade da vítima. Eram três indivíduos e uma deles seria o Bruno. Os outros dois a polícia ainda busca identificar. Eles levaram uma caminhonete Hilux da vítima, jóias em ouro e 30 mil reais em dinheiro. Durante a fuga os indivíduos colidiram com a caminhonete destruindo todo o veículo, se embrenharam no mato e conseguiram fugir da PM.
 

Se condenados pelo crime que resultou na morte de Vinícius, Bruno e Gizelly  podem pegar de 25 a 30 anos de prisão, cada um.

“A maior pena que nós temos no Direito Brasileiro é o caso de extorsão mediante sequestro com resultado morte, ou extorsão com o resultado morte”, explica o delegado . 

Rodrigo Peçanha chama a atenção para a importância de a comunidade fazer denúncias para ajudar a polícia nas investigações.
 

“O 181 (Disque Denúncia) é muito importante. A gente sempre recebe as difusões feitas pela equipe do Dr Paulo Expedito, lá de Vitória. A comunidade participa e é importante ressaltar que é sigilo absoluto e nem a própria polícia tem condições tecnológicas de identificar de onde partiu a ligação.

O sistema já é preparado, feito para gerar essa credibilidade nas pessoas e permitir que elas possam livremente fazer as denúncias sem nenhum tipo de medo.

Essas denúncias são repassadas para as nossas equipes de investigação, a gente determina que sejam feitas as diligências e, verificadas que essas informações procedem, a gente inicia uma investigação policial através de inquérito para tentar identificar os responsáveis pela infração.
 

Rodrigo Peçanha foi aprovado no concurso de 2013 e trabalhou na Homicídios, em Vitória, de 2016 a 2018, quando foi transferido para a Delegacia Patrimonial de Aracruz assumindo o posto em 22 de março.