Educação

Mães fazem protesto por entrega de escola em Barra do Riacho

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Ver os filhos estudando em más condições há quatro anos tem deixado muito insatisfeitas mães de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Zenília Varzem Ribeiro, localizada no Bairro São Pedro, Distrito de Barra do Riacho, em Aracruz. O local onde funciona a unidade escolar é um galpão, que foi improvisado para funcionar por no máximo um ano, até que as obras de reforma da verdadeira escola fossem concluídas. O corre que as obras, iniciadas em 2013, já completaram quatro ano e o prazo de entrega, que teria sido acordado entre prefeitura e empreiteira, com conhecimento do Ministério Público, e que já foi prorrogado, se encerrou no último dia 24 de julho.   

Na manhã desta segunda-feira (31) um grupo de mães realizou um protesto em frente à escola e levaram seu filhos de volta para casa, após serem informadas de que as aulas seriam encerradas as 9h30 por causa do entupimento na rede de esgoto da cozinha, que vazou e atingiu a área externa, onde as crianças costumam brincar.

Valdirene Pereira, mãe de uma aluna do quarto ano, disse que o problema começou há sete dias e que, desde então, as mães vinham pedindo providências, que foram adiadas duas vezes. Como nesta segunda o problema ainda não havia sido resolvido, as mães decidiram não permitir que os filhos ficassem expostos à sujeira. “Não temos como deixar nossos filhos respirando esse ar mal cheiroso e ainda correndo o risco de uma contaminação na água que se espalhou pelo pátio da escola”, disse.

A mãe acrescentou que há quase um consenso entre os pais, de permitir que os filhos voltem a estudar somente após a entrega da verdadeira escola.  

De acordo com a Ironilda Santos Rangel, professora da escola, que denunciou o caso no Ministério Público ainda na gestão anterior, o prazo estipulado pela justiça para a entrega da obra havia sido encerrado em maio de 2016 e precisou ser prorrogado por mais dez meses, que também já se esgotaram.

“Esse galpão não oferece as menores condições de funcionar como escola. As salas são apertadas, divisórias já desabaram quase machucando alunos e até precisa ficar entreaberto por falta de uma campainha ou interfone. Assim não há segurança para os alunos. O espaço é apertado, e as obras da unidade escolar ficaram praticamente paradas por muito tempo, tendo apenas três homens trabalhando. Agora que o prazo para  término da obra foi esperamos que a novela tenha chegado ao fim e que possamos finalmente oferecer uma escola mais digna para essas crianças”, afirmou a professora.”

Na tarde desta segunda-feira, mais uma vez os pais foram até a escola, mas não permitiram que os filhos assistissem às aulas. A expectativa é de que o mesmo tipo de protesto ocorra nesta terça-feira . Agora eles querem uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação para definir o retorno dos estudantes ao prédio que vem sendo reformado.

Procurada por nossa reportagem, a prefeitura de Aracruz informou que divulgará nota sobre o caso na manhã desta terça feira (01).