Geral

Acordo não se confirma e movimento continua impedindo saída de policiais militares

Postada em:

A alegria durou pouco para os moradores do Espírito Santo, que sofrem há 7 dias, sem contar com o essencial serviço de segurança pública. Apesar do anúncio divulgado por parte da imprensa, nesta sexta-feira (10), de que o movimento de familiares de policiais militares, teria chegado ao fim, graças a um acordo com o Governo do Estado, a trégua não se confirmou.

Na reunião, em que foi discutida a volta dos policiais militares às ruas, o Governo propôs anistia (não punição) para os militares que retornassem às suas atividades até as 7h deste sábado (11). A notícia do acordo deixou a população animada e certa de quer a vida voltaria ao normal neste fim de semana em todo o Estado. Houve muita comemoração nas redes sociais, porém ainda na noite desta sexta-feira (10) supostas representantes do movimento disseram que o acordo teria sido feita apenas entre o governo e associações que representam os policiais militares, e que o movimento dos familiares dos PMs prosseguiria como nos dias anteriores. Foi exatamente o que se pode constatar na manhã deste sábado.

Familiares de PMs continuam concentrados nos portões dos batalhões de todo o Estado e mostram disposição para dar continuidade ao movimento, que reivindica, dentre outras coisas, reajuste salarial para os policiais militares.

O Governo do Estado já vem tratando o caso com maior rigor e o secretário de Segurança Pública, André Garcia, anunciou, nesta sexta- feira, a abertura de inquérito contra 703 policiais suspeitos de revolta. Segundo o Governo, eles terão os pontos cortados desde sábado, dia 04, quando se intensificaram os protestos. Caso sejam condenados, os militares podem pegar de 8 a 20 anos de detenção. A estratégia do Governo é usar a possibilidade de punição para sensibilizar os manifestantes e fazer os militares voltarem às ruas. Pelo menos neste sábado, a estratégia parece não surtir o efeito desejado.